Perdi minha renda por conta da catástrofe e atrasei minhas parcelas. O que fazer?

Não é fácil olhar para um cenário preocupante. Talvez você se sinta tentado a “pensar nisso depois”. Resista, esse é um caminho muito perigoso.

Se algumas parcelas estão atrasadas, o melhor a ser feito é buscar uma renegociação (ou novo acordo) junto à instituição financeira. Eventualmente, pode ser necessário fazer um novo contrato.

Alguns caminhos possíveis, caso você não conte com recursos para regularizar a situação:

– Estender o prazo do financiamento, mantendo (ou reduzindo) a parcela;
– Buscar um novo crédito (preferencialmente mais barato!) para lidar com as parcelas atrasadas;
– Avaliar a possibilidade de um pedido de carência, para que você retorne o pagamento após certa quantidade de meses.
– Fazer a portabilidade da sua dívida para outra instituição que ofereça melhores condições de pagamento: carência, maior prazo, menores juros, menores parcelas etc.

Vamos a um exemplo:

“Rafael trabalha com carteira assinada em uma grande empresa e tinha uma parcela de 400 reais, fruto de um empréstimo que tomou para reformar sua casa. Com os gastos inevitáveis que surgiram por conta da enchente, três parcelas ficaram em atraso. Ele não tinha nenhum dinheiro guardado.

Rafael fez uma listinha dos seus gastos, para descobrir qual seria a parcela que caberia nesse novo momento. Descobriu que seria possível pagar 180 reais por mês.

Foi ao banco com a intenção de regularizar a situação. Argumentou com o gerente e refez o acordo. A dívida ficou mais longa, mas agora a parcela cabe no bolso e deixa um espaço para pequenos imprevistos do dia a dia”

Parece um movimento simples, mas é importante atentarmos para dois pontos:

– A nova parcela precisa, necessariamente, caber no orçamento. Refazer o acordo levando em consideração uma parcela que não poderá ser honrada é bastante perigoso.

– A lista de gastos a ser feita antes da busca por um novo crédito precisa levar em consideração uma sobra. É uma margem para eventuais imprevistos. 15% do total dos custos pode ser um bom ponto de partida. Se a continha dos custos do Rafael deu 2400 reais por mês, nossa margem seria de 360 reais.